domingo, 12 de agosto de 2007

The Return (2006)

The Return deixa de parte os artifícios que predominam actualmente no cinema de terror, mais empenhado no Gore do que na construção de horror com histórias interessantes. Esta fita distancia-se dessa corrente e contempla-nos com uma narrativa simples e bem estruturada, ainda que acrescente pouco em termos de novas ideias no campo do terror psicológico.

O ritmo é muito lento e pode afastar do registo os espectadores impacientes habituados a cadências mais intensas. Os poucos sustos advêm do trabalho de realização de Asif Kapadia, dos sons e da respectiva edição do que propriamente um terror visualmente mais explícito.

O argumento desenvolve-se a conta gotas e gira em torno da personagem interpretada por Sarah Michele Gellar (Joanna), a actriz que desde o "The Grudge" não abandona em cinema este género (Southland Tales não estreou em Portugal). Gellar tem talento e desempenha uma figura incerta, tanto inocente como enigmática, e ela é óptima neste tipo de registos. Como já provou anteriormente, a actriz é capaz de desempenhar papéis de acção, drama e sobretudo de terror.

Neste caso, quando não é vítima de assombrações, ela é objecto de desejo de vários homens: em cena fica limitada a fugir deles, mas mesmo a correr ela é bastante convincente... Com toda a atenção entregue a Joanna, o argumento não explora analiticamente os restantes intervenientes e não se desvia dos desfechos óbvios. O enredo anda em loop e, para não haver falhas, é compreensível manter a história consignada a uma só personagem.

Todos os acontecimentos que ocorrem ao longo do filme conseguem ter uma conclusão livre de incongruências e em que nada fica em aberto. É pena que o sentimento de déjà vu seja algo muito forte, prejudicando o desfecho final. Curiosamente, a fórmula utilizada neste registo é tema forte nas premissas de algumas séries televisivas em exibição, que conseguem ser mais atraentes do que The Return. Exemplo disso mesmo são Médium ou de The Horse Whisper, o que reforça a convicção que o filme é um modesto objecto de cinema. 5/10

Site Oficial




1 comentário:

Anónimo disse...

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