quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Vicky Cristina Barcelona (2008)


País: Espanha, EUA
Género: Drama, Romance, Comédia
Realização: Woody Allen
Intérpretes: Javier Bardem, Penélope Cruz, Scarlett Johansson, Patricia Clarkson; Rebecca Hall
Não só o casal de actores justifica amplamente as melhores das críticas pelos seus desempenhos nesta nova película do cineasta Woody Allen, como também Penélope merece inquestionávelmente o Óscar de Melhor Actriz Secundária.

Mas passemos à história. Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson) são duas amigas que, de férias em Barcelona (a “cidade de fundo” ideal para este romance), dão de caras com um misterioso homem, Juan Antonio (Javier Bardem). Este convida-as a viajarem com ele até Oviedo. A princípio é Cristina quem cede aos encantos do pintor, mas Vicky, ao conhecê-lo melhor, deixa-se também ela cair num ideal de paixão que se revela mais tarde, efémero. Como Vicky está de casamento marcado, Juan Antonio encontra em Cristina a sua nova companheira.

Tudo seria perfeito não fosse a chegada de Maria Elena (Penélope Cruz), a passional ex-mulher de Juan Antonio. Após uma tentativa de suicídio a também pintora volta a viver com o ex-marido e com Cristina iniciando uma relação deveras interessante. Está assim criado um triângulo amoroso que se complementa e nos proporciona alguns dos momentos mais altos do filme.

Contando como ninguém as peripécias de uma vida a dois... ou a três, e retratando de forma irrepreensível toda a vivência humana, Woody Allen tem neste filme uma comédia um pouco “parada” por vezes, mas que com o decorrer da acção, e a intervenção de Penélope, acaba por se converter num regresso competente do realizador americano. Mantendo a sua paixão pela essência feminina, Allen consegue assim transmitir visuais de paixões avassaladoras, comoções com a música das violas espanholas, e uma essência envolvente de uma narrativa na terceira pessoa.

Bonito visualmente, “Vicky Cristina Barcelona” não vai, certamente, agradar a todos, mas tem a capacidade de nos levar a questionar o que realmente procuramos para a nossa vida no que a relacionamentos diz respeito.

“The trick is to enjoy life, accepting it has no meaning whatsoever.”

Nota Final: 7 / 10


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