sexta-feira, 20 de julho de 2007

Pirates of the Caribbean: At World's End (2007)


Chegou e arrasou! O terceiro filme da saga Piratas das Caraíbas: At World's End, já estreou por cá e tem, como seria de esperar, milhares de fãs sedentos de ver aquele que, supostamente, será o último filme da saga protagonizada por Johnny Depp. Depois de dois bons filmes e de um enorme culto gerado à volta da tripulação do Pérola Negra e companhia, este terceiro convence mas, mesmo assim, deixa algumas pontas soltas.

Pirates of the Caribbean: At Worlds End é uma mistura alucinante de personagens, batalhas e humor, que nem funciona da maneira que gostaríamos, pois o síndrome “se os outros funcionaram, este também vai funcionar” nota-se de uma forma bastante óbvia e vincada. Como já tem sido hábito nas últimas sequelas que temos visto (caso de Spider Man), o último capítulo fica marcado pela enorme quantidade de personagens adicionais, criando assim mais histórias paralelas e desviando-nos da acção principal; as batalhas são muitas (e longas) demonstrando capacidade de realização em deteriorimento do argumento; o humor, embora com algumas boas passagens, cai na repetição.

No fim do mundo está Jack Sparrow (Johnny Depp). Refém do cofre de Davy Jones (Bill Nighy), Jack está a ser procurado por Elizabeth (Keira Knightley) e Will Turner (Orlando Bloom), que em associação com o ressuscitado capitão Barbossa (Geoffrey Rush), tentam convencer piratas de todo o mundo para se unirem e salvarem Jack. Sao Feng (Chow Yun-Fat) é um deles. Matreiro e desleal, Feng será amigo e inimigo da equipa, enquanto batalham contra Davy Jones e a Companhia East India Trading. Enquanto isto, Will terá de escolher entre o seu pai e Elizabeth, Jack terá de enfrentar o mais mortífero dos inimigos e Elizabeth terá os piratas de todo o mundo a seus pés. Ahhh e conhecemos o pai de Jack Sparrow (Keith Richards, dos Rolling Stones, que nos dá um pouco do ar da sua graça).

Mas a história não é só isto; ou melhor… é isto, só que com muitas ramificações. Mais personagens ganham tempo de antena (como é o caso de alguns dos tripulantes do Pérola Negra e Tia Dalma (Naomie Harris), Jack Sparrow perde algum destaque, parecendo até que apenas funciona como um chamariz para mais e mais lucro; percebe-se, no entanto, a razão disto visto o desfecho da história requerer mais de outras personagens.

Como já referi acima, o humor (principalmente da parte de Jack Sparrow) não surpreende por aí além porque, embora tenha alguns momentos de riso compulsivo, perde pela repetição e pelo desfecho óbvio de algumas situações. Johnny Depp está em grande na representação, sendo o principal “objecto” do filme e carregando o fardo de nos ajudar a suportar as quase 3 horas de filme com as suas majestosas intervenções. O tom deste At World’s End é assumidamente mais negro e Depp assegura, a par de Bill Nighy e Keira, que assim seja. Para além da excelente cena de abertura (que nos deixa antever o que depois o filme não é…), Keira assume-se aqui mais fria e objectiva, enquanto Nighy dá-nos uma perspectiva diferente e mais emotiva do que faz de Davy Jones uma personagem tão maléfica.

Na realização e produção, Gore Verbinsky e Jerry Bruckheimer, são irrepreensíveis, criando atmosferas realmente criativas e deslumbrantes, embora algumas percam uma pouco a mística pela excessiva exploração. O argumento de Ted Elliot e Terry Rossio é construtivo mas peca por sê-lo de mais e pela tentativa forçada de incorporar demasiados factores.

No entanto, e depois de terem lido estas críticas negativas todas, Piratas das Caraíbas 3 é, no geral, bom. Fica atrás dos seus antecessores mas termina a trilogia de uma boa maneira. Aliás, tem um desfecho algo imaginativo e surpreendente, não se rendendo ao cliché.

Haveria muito para dizer sobre Piratas das Caraíbas 3, no entanto fico-me por aqui e deixo-vos aproveitar este último(?) capítulo no cinema. Vão ao cinema, comprem pipocas e deixem-se absorver. Quem gostou dos anteriores, vai gostar deste com certeza, embora com algumas reservas. 7/10

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